Está acontecendo no Egito algo raro mesmo em guerras: jornalistas estão sendo atacados enquanto trabalham fotografando, filmando e ouvindo as pessoas de ambos os lados da revolta. Apesar de estarem trabalhando, começaram a ser agredidos, provavelmente por encomenda do ditador Mubarak, que pensou nessa forma de intimidação, como se fosse possível reverter a comoção mundial com o que está ocorrendo naquele país.
É difícil ser jornalista numa situação como essa. Os riscos são imensos e prova disso é que um jornalista da rádio France Inter sofreu tentativa de linchamento e está internado, um âncora da CNN foi golpeado na cabeça, vários foram presos e os jornalistas brasileiros Corban Costa e Gilvan Rocha quase foram assassinados três vezes.
O repórter da Folha SAMY ADGHIRNI está lá desde o começo da semana e contou, em um depoimento para o jornal, que nunca se sentiu tão ameaçado quanto agora no Egito, embora já tenha feito coberturas nos nada pacíficos Iraque, Iêmen e Síria:
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